quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

reclamo para os amigos mais próximos da sua ausência. reclamo que você não tem desempenhado seu papel da maneira que deveria. tem sido difícil sem você aqui, de verdade. você não faleceu, agradeço a Deus por você ainda estar aqui, por mais que seja só fisicamente, eu agradeço, porque o seu coração foi embora já faz muito tempo. brigas, tapas, gritos. já nem me incomodo. finjo que não escuto, que não vejo. mas você vê o quão difícil tem sido, eu sei que vê. você é exatamente como eu, vê através das pessoas como se fossem um vidro limpo. eu sei que você vê minha tristeza quando olha nos meus olhos. sinto falta do seu colo. eu costumava ser sua menininha. delicada, sempre frágil. não sei o que mudou nesse meio-tempo, mas gostaria de saber o que foi, pra consertar. não sei o que perdemos no meio do caminho, durante essa nossa árdua caminhada. talvez tenha sido o amor, ou o carinho. ou então a confiança. não sei o que aconteceu. acho difícil retornarmos ao começo pra tentarmos encontrar o que foi perdido. suas prioridades mudaram, e por mais que eu não ache isso certo, eu entendo. talvez eu tenha parcela dessa culpa, não sei. não guardo mágoas. guardo apenas as marcas, que mesmo acidentalmente, você deixou em mim. ainda não são cicatrizes. por enquanto são feridas abertas. ainda dóem. o que as ameniza são os momentos bons que tivemos e as suas palavras, que costumavam ser doces e confortadoras. mas continuo em frente, da maneira que eu posso, mesmo sem você. ás vezes pelo caminho, procuro em outras pessoas algo que não tive de você. mas um dia nós nos acertamos, ainda nessa vida. não se esqueça que eu amo você, acima de qualquer coisa. você é eterno pra mim, independentemente do quanto nós já nos machucamos. você nem imagina o quanto a saudade dói aqui.
"seems like it's been forever, that you've been gone.. please, come back home.."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

tenho o ótimo hábito de não jogar lixo na rua. mas esses dias, na correria, percebi que deixei escapar um papel de bala azul, que caiu na grama, e eu não recolhi. dois dias depois, passando pelo mesmo caminho, me deparei com o papel azul, ainda ali na grama, no mesmo lugar em que eu havia deixado. inconsequentemente deixamos marcas por onde passamos, e não percebemos. tambem deixamos marcas em pessoas, e depois não sabemos como cicatrizá-las. o papel de bala era simples, bastava recolher. mas ao partir o coração de alguem, é possível recolher os pedacinhos e colá-los novamente? quando deixamos marcas em alguem, é difícil cicatrizá-las depois, por mais que por várias vezes tentemos, as vezes é tudo em vão. e você ainda não havia percebido as consequências que poderia trazer ao se envolver com alguem - mas não apenas se envolver, envolver sentimentos, dois corações, distintos e distantes -. o que deve ser feito a partir do momento que o que você mais quer é consertar o coração de alguem, que você, com suas próprias mãos, fez em pedaços?
"and i carry the weight of the world on my shoulders .."
não quero mentir pra você, e não vou contrariar minha vontade. não vou dizer que nunca me senti assim, porque eu já me senti. vulnerável. boba. avoada. apaixonada. tambem não vou dizer que seremos eternos, porque nada é. não vou te prometer ser perfeita, porque mesmo que eu quisesse, eu não chegaria a isso. não posso te prometer ser uma pessoa sempre carinhosa, amorosa, e contente, assim como eu não posso te prometer neve no rio de janeiro. posso te prometer me esforçar pra ser alguem melhor, não pra ser alguem que eu não sou. posso tentar te fazer feliz, mas não posso garantir isso. não quero que você dependa de mim, quero que você queira estar comigo. não por dependência, mas por bem-estar. depois de um certo tempo eu tambem vou querer te ter por perto, pelo mesmo motivo. você vai provar de um sentimento que nunca sentiu antes. vai entender que não é tão prazeroso ter uma mulher do seu lado porque você acha que a possui. é realmente prazeroso ela estar contigo porque quer pertencer só a você. obrigada por trazer a tona tantos sentimentos adormecidos dentro de mim. e você não só os trouxe de volta, como me deu retorno de tudo isso. não sei se estamos no caminho certo, ou se agora estamos na contramão. começamos certos, em um momento turbulento. mas se formos um erro, eu quero errar por muito mais tempo.
"você me fez sentir de novo, o que eu já não sentia mais .."

domingo, 21 de novembro de 2010

como poderia eu, mero mortal, não ceder a você, e a tudo o que você me apresenta? antes, tinha um tipo de mulher feita, o tipo de mulher que eu queria pra mim, já tinha tudo exatamente planejado, imaginado. suas manias, seus jeitos, seu físico. tudo já havia sido perfeitamente calculado. mas você apareceu, pra atrapalhar tudo, trazer confusão, e ao mesmo tempo, conforto. menina, quase uma moleca. e como não me apaixonar por esse seu jeito? o jeito como você faz bico espontaneamente quando fica brava, o jeito como você morde seu lábio sem nem perceber. sua risada escandalosa, suas roupas tambem um escandalo. quase impossível não querer ser refém de alguem assim. alguem como você. é .. eu já tinha tudo perfeitamente planejado, tudo traçado por linhas retas. mas parece que o amor se escreve em linhas tortas. adoro o jeito que você me mostra a língua só pra provocar, seu jeito delicado de falar um palavrão quando está brava. não tive saída, se não ceder a esse sentimento. amo quando você me nega um desejo, o seu jeito, enlouquece. mas amo ainda mais quando você aceita realizá-lo. obrigada, por me fazer enxergar que nem tudo o que queremos no momento, é o que iremos querem pro resto das nossas vidas. obrigada, por estar aqui.
"i never knew i had a dream, until that dream was you."

sábado, 6 de novembro de 2010

talvez um dia você passe a odiar alguem da mesma maneira que eu comecei a te odiar. se tornou um sentimento ruim e incontrolável dentro de mim. como agir, a partir do momento em que você se vê preso a alguem, sem aviso prévio de alforria? eu passei a odiar tudo o que você faz pra mim. odeio a maneira de sempre me fazer rir enquanto eu estou brava, o jeito que você abraça mesmo eu fazendo bico e dizendo que não quero. odeio o jeito como você conhece cada uma das minhas manias, e as respeita. odeio que você conheça todas as minhas manhas, e adora quando eu as faço. e eu, conheço cada um dos timbres da sua voz. desde quando você vai falar que me ama, até quando vai dizer que a minha saia está muito curta pra sair. eu queria muito mesmo conseguir te deixar bravo por dois minutos, mas seu sorriso sempre aparece, e estraga os meus planos. e odeio muito mais, a forma como eu simplesmente não consigo te odiar. mesmo ambos sabendo tudo um sobre o outro, ainda fica aquele clima de suspense. e eu odeio isso. o que se pode esperar de um filme sem saber qual o gênero dele, ou ler a sinopse? esse nosso filme .. espero que seja o maior longa metragem já feito antes. e que não venha com um gênero só. que venha recheado de surpresas. assim como aquele bolo que eu te fiz, que tinha uma cara ótima, mas gosto de terra. mas até nós dois entendermos todo esse sentimento, vamos assistir ao trailer, bem juntinhos .. até que a lua se torne sol, até que todo o nosso ódio se transforme em amor.
"eu amo você, mas não sei o que isso quer dizer .."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

tomava cinco comprimidos diários, todos para curar doenças que sua prórpia mente inventara. a realidade agora, passava a ser mais amarga como nunca fora antes, de todas as maneiras que poderia ser. parecia não haver luz no fim do tunel. parecia que o tunel não tinha fim. havia deixado de crer em coisas que acreditou por tanto tempo. havia perdido a fé em si mesma. havia perdido a fé. todos costumavam elogiar a maneira que ela sempre demonstrou ser. parecia que nada a abatia, nada a machucava. ouvia constantemente um "eu queria ser como você, assim, sempre de bem com a vida", mas agora já não era bem assim. já fazia um certo tempo que ninguem mais via isso. pobre coitada. ninguem sabia o que acontecia enquanto ela estava no canto de um comodo qualquer em sua casa, sozinha. parecia que ninguem enxergava. quem enxergava parecia não se importar. saiu de sua casa desenganada com seu futuro. chegou a calçada com um shorts jeans surrado, um moletom qualquer, e um all star branco e encardido. fazia frio. por mais que já fosse de tarde, o sol ainda não havia aparecido. mantinha as duas mãos dentro dos bolsos, olhando pra baixo. saiu de casa sem rumo, sem se importar com que horas voltaria, ou com quem poderia encontrar. ela queria apenas sair do lugar que tanto a assombrava. seu cabelo loiro agora estava bagunçado por conta do vento, e ela não se importava com isso tambem. sua franja desarrumada insistia em cobrir um de seus olhos. teve um fio de esperança repentino, surgindo junto com o sol, que agora a iluminava. parou, mesmo com várias pessoas esbarrando nela e pronunciando xingamentos. levantou seu rosto para o céu. o sol agora mostrava a cor de seus olhos. pareciam um castanho comum, mas na luz revelavam sua cor de mel. e aquele mel oculto em seu interior, revelava tamanha doçura, que ninguem mais conseguia despertar.
"watch my face, as i pretend to feel no pain.."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

era uma noite fria, em pleno verão. eu havia passado o dia todo inquieta, chateada, e de péssimo humor. chocolate não me saciava mais, e eu não achava mais nada que o pudesse fazê-lo. não entendia o que me incomodava. estava tudo aparentemente bem, não haviam motivos pra que eu ficasse daquela maneira. escutava o dia todo da minha mãe que o que me faltava era um namorado, alguem pra compartilhar tudo, mas eu sabia, que não era isso que me fazia falta. eu sempre tive todas as cartas na manga, tinha um jogo de cada naipe, pois não queria ser pega de surpresa. nada mais poderia me pegar de surpresa. tudo já era previsível, tudo havia se tornado como aquela noite, fria. um coração amargurado, passos calculados, movimentos medidos, lágrimas reprimidas, segredos guardados. sozinha em meu quarto, já tarde da noite, lia um livro, tenta ocupar a cabeça, pra não pensar em tudo o que tinha acontecido, numa tentativa frustrada de fechar os olhos para a realidade que me cercava. foi quando eu senti, entrando pela varanda, aquele perfume, que por tanto tempo me inebriava. não pude me conter, fechei os olhos, senti melhor aquele cheiro e tive inúmeras lembranças de um tempo atrás. só acordei na manhã seguinte, com a lembrança de ter sonhado com uma ampulheta. uma ampulheta diferente, não era comum. o pó que sua âmbula superior comportava era açucar. mas após esse açucar passar por aquele estreiro espaço entre uma âmbula e outra, ele se tornava sal. achei o sonho um tanto estranho. achei aquele sonho, um tanto real.
"she used to be the sweetest girl ever .."

terça-feira, 26 de outubro de 2010

acordei, e pude ver que você ainda dormia, sua respiração ainda era pesada e calma. talvez eu precisasse ficar mais um tempo envolvida nos seus braços antes de me levantar da cama, mas ao te olhar, me dei conta, de que havia um estranho deitado comigo. eu sabia seu nome, seus gostos, suas manias, seus horários, mas já não o conhecia. você já não me pegava mais no colo, não brincava com os dedos entre os cachos do meu cabelo, não fazia planos. já havia se esquecido da nossa essência, e de por quanto tempo fomos amigos, antes de virarmos o amor um do outro. mas tudo bem. eu estava ciente de que você precisava de mim. sempre precisou. do meu colo, da minha voz no seu ouvido, das minhas mãos naquela noite fria. aquele carinho, só eu sabia fazer do jeito que você gostava. seu café, só eu sabia preparar do seu jeito. me levantei delicadamente para não te acordar, não queria ter que lidar com você por mais uma vez. arrumei a casa, tirei meu pijama que você sempre amou, e fui pro chuveiro. enquanto a água fria escorria pelo meu corpo, e os meus pensamentos enlouqueciam minha cabeça, me dei conta de que nossa dependência já não era mais nossa, passava a ser sua. eu já não dependia de seu amor, seria muito fácil pra mim achar qualquer outra pessoa. voltei pro quarto, vi que você ainda dormia, do mesmo jeito em que eu te deixara. vesti meu jeans velho e aquela blusa preta que você me deu. saí de casa sem rumo, sem deixar bilhete, sem te dar um beijo. um tempo depois de caminhar por ruas, ver casais aparentemente felizes, decidi abandonar as aparências. não há mais nós. agora há apenas "eu", e "você", separadamente. ninguem acreditaria se eu dissesse que quando estamos a sós não há mais brilho em seus olhos ao me ver, não há mais amor em sua voz, já não saem mais palavras doces de sua boca. mas tudo bem, amor. para todos os nossos leitores, a vilã da nossa estória e você o bom moço que se enganou ao confundir a bruxa má com a princesa. apenas com aquela minha ligação pra você, foi o fim da nossa estória, o fim daquela fraude. e eu parei de me importar, virei mesmo a bruxa má, endureci o coração. não aceitei seus pedidos de perdão, jurei não voltar mais atrás, e continuei assim. posso ter sido tachada de ruim, mas ruim mesmo era ter que beijar uma boca todos os dias, sem sentir amor.
"baby, your secret is safe."

domingo, 24 de outubro de 2010

"desde pequenina aquela menininha sonhava com seu príncipe encantado, que chegaria em um cavalo branco, lhe daria um beijo apaixonado e a resgataria de todo o mal. já desiludida, passa a sonhar com um sapo, que talvez depois de um beijo passe a ser o príncipe que ela tanto esperou, mas que nunca chegou. cansada de testar sapos errados, alguem lhe avisa, que os príncipes não existem. frustrada, ela tenta imaginar porque perdeu tanto tempo, atrás de uma coisa, que na verdade, não existia. a partir daí, lhe foi imposto um certo padrão do que chamamos de amor. ela escutava sempre que tal pessoa encontrou a metade da laranja, o outro encontrou a tampa da panela, e que "sempre existe um chinelo velho para um pé cansado". ok. mais ilusão para a cabeça da pobre menina. agora ela vai em busca de alguem que complete todas as suas falhas e que escute todos os seus problemas, mas que não tenha problemas, e se tiver, que não os compartilhe. ok. quem foi que disse que uma pessoa foi feita obrigatoriamente para completar a outra? ela vai então, em busca de alguem que seja seu oposto, que faça tudo diferente, tenhas gostos diferentes, um jeito diferente e um físico diferente. afinal, pólos opostos se unem, certo? o positivo se une apenas com o negativo e vice-versa. ok. quem foi que disse que pessoas opostas se atraem? depois de um tempo tentando, procurando, pesquisando, ela não encontrou sua metade da laranja, e nem seu oposto. passa a ouvir então, novas histórias, muito diferente das que ela costumava escutar. "homem é tudo igual, nenhum presta", "não, não. homens são diferentes. um é pior do que o outro". e dessa vez ela se frustra de vez, e desiste de correr atrás do amor."
nos baseamos em teorias pré-fabricadas, ao invés de tentarmos nossas próprias experiências. tal coisa é errada, outra coisa faz mal, a outra é só pra adultos .. deixamos de viver nossas vidas, e passamos a viver a vida de outras pessoas, da maneira que eles querem. confundimos amores, brigamos com o coração. brigamos com a vida, porque ela não corresponde as nossas expectativas. mas esquecemos de brigar com nós mesmos, por estarmos nos enganando, vivendo com uma falsa alegria. aqui, entre nós .. seu mundo não gira ao redor de ninguem, ninguem é o ar que você respira, você não pensa naquela pessoa todos os segundos do dia. sua felicidade, só depende de você mesmo, tudo o que você precisa, está dentro de você mesmo. todos nós nascemos completos, não precisamos de alguem para nos completar, nem nunca precisaremos. ao invés de desejar alguem que nos complete, precisamos passar a desejar alguem que some, que multiplique tudo o que há de bom em nós. ninguem é destinado a viver eternamente com ninguem. amores não são coisas marcadas e escritas pelo destino. acontecem, e pronto. não há maneira de controlar ou negar. não adianta querer fazer cálculos e achar uma fórmula. amor não é matemática, não é uma ciência exata. aconteceu, fudeu.
"porque o amor é feito bebida: tem que tomar a dose certa."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

aquela mania de perfeição a acompanhava desde pequena. mulheres deveriam parecer barbies, deveriam saber cozinhar, lavar, e passar. ser discreta, não usar roupas curtas, respeitar todas as vontades dos homens. não ter vontades, e quando tiver, reprimí-las. e ela cresceu. não deixou de ser uma criança, mas já tinha tamanho, postura e comportamento de mulher. começou então a questionar tudo o que sempre aprendeu, tudo o que sempre a forçaram a acreditar que era certo. deixou de querer atingir a perfeição, desistiu de se obrigar a usar vestidos de tamanho adequado (ao que julgavam ser adequado), desistiu de reprimir todas as suas vontades. foi julgada e maneira errada, mas isso serviu para aprender que em sua vida, sempre iam querer mudá-la. seus gostos, suas maneiras, seu jeito de falar, de se vestir e de andar. seu cabelo, suas roupas, sua personalidade. ao deixar de ceder aos homens, foi tachada de ruim, de rebelde. e mais tarde, desistiu tambem de se importar com tudo o que pensavam e falavam a seu respeito. deixou de lado tudo o que sonhavam para seu futuro, e passou a se importar com sonhos próprios, que ninguem poderia dizer estarem certos ou errados. passou ter amizades com pessoas mais velhas, passou a aprender mais com elas, foi amadurecendo cada dia mais com tudo o que o mundo ia lhe impondo, e ela não reclamava disso, até então. mas tudo o que não segue um curso natural, depois gera as consequências. ela não esperava ter de enfrentar tudo o que um crescimento precoce poderia lhe causar depois. perdeu a ingenuidade, a inocência muito cedo. talvez ela preferiria que não fosse assim. entendeu tambem, que enquanto ela exigia exatidão em tudo o que fazia, as coisas e pessoas se tornavam cada vez mais imperfeitas. os sentimentos já não eram mais exatos, o amor da vida dela já não era mais sua família, o amor já não era mais aquele amor que já nasce dentro de nós. passou a ser um amor que a vida lhe ofereceu, deu em suas mãos, e ela, que ainda guardava algo do que a mãe lhe ensinara, o recebeu de bom grado, abriu as portas de sua casa, seu coração, para acomodar um forasteiro, alguem que ela não imaginava que poderia lhe incomodar algum tempo depois. deixou de exigir exatidão em tudo o que fazia, e assim, passou a viver mais. sentimentos não são exatos, não podem ser calculados ou medidos. sentimentos já não podem ser controlados.
"onde já se viu, o mar, apaixonado por uma menina?"

domingo, 17 de outubro de 2010

aquele frio habitual parecia ainda estar mais rigoroso naquele dia manhã, talvez pelo fato de que após uma longa discussão, eles, pela primeira vez, não haviam dormido abraçados, como faziam habitualmente. acordaram no mesmo momento, e assim que viram que estavam com os rostos muito próximos, se afastaram rapidamente. ela escova os dentes, lava o rosto, troca de roupa, e monta sua mala. pronta pra ir embora, já não podia mais ouvir tantas coisas ruins vindas da boca que lhe beijava. ele sem parecer se importar, entra no banho, e ela então, finge não escutar o choro do amado. já passada um pouco a tensão do amanhecer, ambos estavam em frente a lareira, ainda discutindo, cada um em uma ponta do sofá. já não podendo mais escutar tantas coisas que lhe rasgavam o coração daquela maneira, ela caminha até a porta, diz estar indo embora, mas continuam a discutir. enquanto ela se levanta, ele sem querer, permite que uma lágrima escape de seu olho, já cheio, e pede para que ela volte, que não o abandone, pois ele ficaria desorientado sem a presença daquela que o acordava todas as manhãs com um beijo de bom dia. ela volta, como ele havia pedido, e senta no chão encostada nas pernas dele. após um minuto, ele se acalma, e é ela que passa a chorar. o amor dos dois era evidente, não havia como esconder que a dependência já era recíproca, e nada iria mudar isso. ela ajeita o cabelo, lembrando que mal se olhou no espelho pela manhã, e ele então bagunça o cabelo dela, daquela forma que ela mais odiava que seu cabelo ficasse, mas da forma que ela mais amava que ele o fizesse, ele então diz aquelas três palavras de sempre em seu ouvido e ela não consegue conter um sorriso. o eu te amo dele sempre encerrava uma briga. ele se junta a ela no chão, enquanto ela se aninha em seu colo, fazendo logo com que o frio vá embora. nem toda a lenha, e o fogo daquela lareira foi capaz de substituir o calor do corpo do outro.
"mas se eu digo venha, você traz a lenha, pro meu fogo acender .."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

já parado em frente ao prédio dela, ele contava os minutos. os ponteiros do seu relógio pareciam nunca alcançar a hora em que ele havia combinado com ela que chegaria para buscá-la. quando finalmente o relógio resolveu cooperar, ele já não podia esperar. subiu as escadas correndo, e ao se deparar com a porta do apartamento dela, já havia perdido o ar. só não conseguia distinguir, se sentia falta de ar por causa da corrida, ou porque estava prestes a vê-la novamente. aquelas duas batidas na porta já eram quase uma marca registrada. antes mesmo de abrir a porta, já era possível sentir seu perfume, ele sonhava com esse momento. eles sempre se relacionaram muito bem, era tudo ótimo entre eles, desde o olhar e a conversa, até o sexo e o after. ela então abriu a porta, e quando a olhou, foi como se tivesse perdido o chão sob seus pés, foi preciso parar um segundo e se lembrar de como se respirava. com apenas um olhar, e apenas um abraço, os dois já mataram parte da saudade. incrível a maneira como os dois conversavam apenas com o olhar. todos os sentimentos que ambos sentiam pelo outro transpareciam através de seus olhares, e era muito fácil para o outro traduzir esse sentimento. após algum tempo a olhando fundo nos olhos, ele percebeu, que ela sentia falta de algo, que ela precisava de algo novo, que ainda não tinha. ele a conduziu então até o carro, e com aquela gentileza de sempre, abriu a porta e acariciou seu cabelo. era raro encontrar alguem como ele. um homem de cabeça feita, determinado, mas que mesmo assim, sabia respeitar, cuidar, e lidar com uma mulher. saíram então, sem rumo, sem saber aonde ir ou a que horas chegar. caíram na estrada, mas os pensamentos dele ainda estavam fixos naquele olhar dela. ele não conseguia parar de imaginar o que lhe faltava. foi então que os olhos dele brilharam. ele parou o carro ainda na estrada, e sem uma palavra se quer, a tirou do carro. se olharam rapidamente. ela com um olhar de curiosidade, e ele com um olhar de esperança. foi nesse mesmo momento, que ele entendeu pelo que ela ansiava. com os braços envolvendo a cintura dela, ele pensou, ainda com os olhos fixos nos dela, e entendeu então o que ela precisava, ele ia fazê-lo de todas as formas que pudesse. "volim te, jeg elsker dig, te quiero, rakastan sinua, je t'aime, ti amo, jeg elsker deg, te iubesc, ich liebe dich, i love you, eu amo você", e foi nessa última língua que ele lhe deu um beijo completo, tão completo quanto agora estava todo o interior dela.. 
"só de me encontrar com seu olhar já muda tudo .. "

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Meu "Quem sou eu" antigo do orkut.

Pra falar bem a verdade, essa pergunta do Orkut é meio idiota. Qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, está em constante mudança. A única coisa que prende todos desde o início da vida, é o nome. Então tá, eu sou a Camila Gonçales Cortez. Mas tantas pessoas, no mundo todo, tem nomes iguais! O que as diferencia umas das outras? É a sua personalidade, quem você se torna no meio em que está, e quem você é de verdade.

E essa história de que “quem se define se limita”, é mentira. Quem não se define, é porque não se conhece, mas quem não se conhece, não conhece nada. A primeira parte, você já sabe, o meu nome. Sorocabana, nascida dia 23 de julho. O resto são características físicas, e essas, você pode ver muito bem.

Mas o que ninguém consegue ver e interpretar corretamente, é tudo o que se passa dentro de cada pessoa. Logo na primeira vez que você olhasse pra mim, o que você diria? Que eu não aparento ter a minha idade? Que eu parecia ser bem mais metida e mimada do que sou depois que você me conhece de verdade? Pois é, nem tudo é o que parece. As aparências enganam.

Não tenho medo de dar a cara a tapa. Se a minha aparencia diz que quando eu quebro a unha, eu choro, ela engana, e muito. Brigo, bato o pé, e faço bico. E não ligo que os outros me chamem de troublemaker, porque eu até faço jus a esse nome quando me cutucam. "Confusão eu não arrumo, mas tambem não peço arrego".

Nunca me coloco acima de ninguém, porque sei que não sou superior ou inferior. Sou sincera até demais, e acabo magoando a mim mesma por falar coisas que não devia. Mudo dia após dia, procurando melhorar ao invés de regredir.

Sou extremamente chorona. Tenho mil e uma manias. Me apego facilmente a coisas e a pessoas, e por isso acabo sofrendo mais facilmente ainda. Não sei fazer nada sem ser oito ou oitenta. Falo alto demais, mas sei ter discrição quando é preciso.

Confesso que não sei amar só um pouco. Ou amo loucamente, ou não chego nem a gostar. Mas também confesso que minhas emoções são um livro fechado e lacrado. Não sei dar grandes expressões de amor. Mas amo cada uma das pessoas que eu mantenho por perto, porque se eu não amasse de verdade, nenhuma delas estaria comigo.

E quanto ao amor, vemos pessoas todos os dias dizendo umas pras outras que matariam e morreriam por você, ou por outra pessoa. Mas elas realmente estariam dispostas a isso? Essa pessoa se importa tanto assim? Ou só está mentindo? Eu sou o tipo de pessoa que prefere ficar em silencio ao invés de soltar mentiras sem nem perceber o que está falando, e que depois poderá magoar as pessoas.

Brigo por qualquer coisa que eu tenha por direito, ou que eu sonhe em ter. Não retrocedo nenhum centímetro enquanto sei que estou certa. Corro atrás dos meus sonhos até eu ver que não dá mais, então eu paro, respiro, e volto a perseguir os meus objetivos.

Não vou mentir que sou a pessoa mais amável do mundo, porque eu realmente não sou, ainda mais com quem não gosta de mim sem motivo algum pra isso. Não desejo o mal de ninguém. E gente cuidando da vida dos outros, pra mim é insegurança.

Traço meu próprio caminho a cada novo dia, sem me importar pra opinião alheia, afinal, se eu for ligar pro que os outros falam, eu passo a viver minha vida, baseada na vida deles, e se eu fui abençoada com uma vida, é porque eu devo escrever uma história diferente da dos outros.

Aprendo com os erros dos outros, mas sofro com os meus.

Gosto de voar mesmo, mas sempre mantenho um pé bem firme no chão, porque sei que a realidade, por mais dura que seja, é aonde eu tenho que viver. Mas nem por isso eu deixo de sonhar, deixo me abater. Eu continuo sempre em frente, mantendo a fé em Deus, a cabeça erguida, seguindo pelo meu próprio caminho, traçado por linhas incertas, mas com a certeza de que estou seguindo meu coração.

Pode ser que você tenha ficado mais confuso ainda, mas eu não ligo. Escrevi tudo o que queria, e deixo aqui, pra quem quiser ler. Essa sou eu .. Mas e você? Quem é? :)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"pare agora. não faça movimentos bruscos. não tente reagir, eu sou mais forte que você. você já esteve aqui por tanto tempo, mas nunca ajudou em nada, pelo contrário, só atrasou. nunca fez diferença, nunca mudou nada, nunca marcou sua presença aqui, e quando marcou, foi porque deixou uma cicatriz enorme em um outro alguem, ou até mesmo na pessoa na qual você ocupava lugar. espero que você não volte mais, aliás, não volte, não volte mesmo, você já não é bem-vindo aqui. não há mais volta. essa é uma via de mão única, não há retorno. já que você deixou seu lugar vago, eu tenho todo o direito de ocupá-lo. agora já é tarde demais para você voltar, não há mais saída alguma pra você. não insista, não perturbe, você já não me controla mais. agora que já entendeu, pode ir embora, mas vá rápido, não te quero mais aqui, pra ser sincero, ninguem mais quer. não há espaço para nós dois aqui, e agora, quem ganhou essa vaga, fui eu." diz a frieza ao amor.

is it getting better, or do you feel the same?

domingo, 3 de outubro de 2010

um tempo depois de ter se encontrado, achou melhor fugir. como se nesse tempo todo ela não tivesse reparado em si mesma, e no caco em que ela havia se tornado no decorrer dos anos, ela finalmente se olhou no espelho. até então, ela não havia encontrado grande problemas em sua aparência, mas passou a encontrar problemas enormes no que ela carregava dentro de si. começou então a ver seu interior, e todos aqueles sentimentos bagunçados, embaralhados, trocados, finalmente transpareceram. e ainda couberam mais sentimentos, todos ruins. angústia e raiva agora abriam espaço nesse interior flagelado. foi só então que ela percebeu, que todo o tempo em que ela se anulava para ajudar as pessoas a seu redor, foram criando um problema horrível, cada dia somando, somando, somando, somando, somando .. e todas as vezes em que ela amava - ah, maldito seja o amor - ela se machucava, e a ferida ainda não cicatrizada, voltava a doer, muito, após mais uma experiência frustrante - que eram incontáveis - e quando ela deu por si, estava nessa situação. mas quando ela mais precisava, ninguem estava por perto, ninguem viria enxugar suas lágrimas, nem dizer que tudo ficaria bem, e ela se perguntava aonde tinham ido parar todas aquelas pessoas a quem ela um dia estendeu a mão, as duas mãos, cedeu tudo o que tinha, abriu seu coração. ela havia disponibilizado seus ouvidos para ouvir todo e qualquer lamento, suas mãos para afagar as suas costas, a boca apenas para dizer palavras de conforto .. e nesse mesmo momento, ela se perdeu dentro de si, e achou melhor, novamente, se perder, para nunca mais se reencontrar.
"because i'm broken, when i'm open, and i don't feel like i'm strong enough .."

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sempre protegeu seu coração, guardado a sete, catorze, vinte e uma chaves, sem permitir que absolutamente ninguem entrasse. mas quando ela menos espera, as coisas saem do controle, e se tem algo que aquela mulher controladora odiava era exatamente isso. e não havia nada que ela podia fazer, não agora. era difícil lidar com algo maior do que ela mesma, que ela não poderia manipular, como ela já fazia com tudo e todos. ventríloco com seu fantoche, definição perfeita para sua vida hipócrita até então. mas aparece então, um sentimento onde ela vira a marionete, e passa a ser controlada. seu coração e sua mente já não pertencem mais a ela própria, todas as suas ações são comandadas por esse sentimento. mas como agir, a partir do momento em que você por inteira, desde suas emoções até cada pedaço do seu exterior está nas mãos de uma pessoa, mas ela não pode estar em suas mãos?
"it's under my skin, but out of my hands .."

sábado, 7 de agosto de 2010

daqui pra baixo, só postagens do antigo blog. :*
a partir do momento em que querer cuidar de si mesmo for errado, eu não pertenço a esse mundo. você mesmo é a coisa mais valiosa que tem. se não cuidar de si mesmo ninguem o fará por você. se ame, cuide de você mesmo, se coloque em primeiro lugar, se importe com os seus próprios sentimentos antes de querer se importar com o sentimento alheio. "ama seu próximo como a si mesmo". se você não se ama, você nunca saberá amar. se a própria pessoa não consegue se valorizar, quem conseguirá? se conheça, se goste, se admire. mude, mas mude pra melhorar. não mude por opinião ou influência alheia. no fim de tudo, você morre. as opiniões alheias ficam guardadas com as próprias pessoas. e o que fica guardado com você, é o seu coração. tudo o que você viveu. viva, sem desperdiçar se quer um momento. porque eles podem te fazer falta depois. não se arrependa, tudo o que você viveu serviu pra alguma coisa. mesmo se deu errado, serviu pra você aprender o caminho certo, pra crescer. tudo na vida é aprendizado, crescimento.
"minha ordem e progresso deixa que eu mesma faço. boto fé em Jah e força nos meus braços"
tudo no avesso. mais no avesso do que nunca. enquanto eu faço todo o possível pra ser a melhor pessoa pra todos ao meu redor, tudo piora mais. enquanto os outros fazem tudo o que querem não estão nem aí pros sentimentos ou necessidades das pessoas a sua volta, e sempre estão bem, felizes, e nada dá errado. eu sei, aquele velho discurso de que o mundo dá voltas, aqui se faz, aqui se paga, mas quanto tempo vai demorar? não tenho paciencia, talvez não tenha mais nada até a hora do jogo virar. mas não tenho escolha, não tenho mais saída. fiz tudo o que julguei ser melhor pra todos, e agora posso deitar minha cabeça no meu travesseiro, e ter uma noite de sono tranquila, com a consciência sem peso algum, essas outras pessoas, eu sei que não podem. mas talvez isso não seja o bastante pra mim, talvez isso não sirva pra me consolar e me fazer sorrir mais uma vez. no meu conto de fadas a bruxa malvada ainda não morreu. pode até ser que a história ainda não esteja no fim. pode ser que agora seja a hora daquele suspense, onde em um conto inédito, ninguem sabe como terminará a história. exatamente na parte em que o lobo come a vovózinha, e ninguem esperaria que o lenhador apareceria para abrir a barriga do lobo. até lá, eu espero aqui dentro, até o dia em que um machado me fará ver a luz mais uma vez.
"i dare you to move, i dare you to lift yourself up off the floor, i dare you to move, like today never happened. today never happened before."
pegue uma folha sulfite. segure-a na horizontal, e a balance pra cima e pra baixo, rapidamente. ela faz barulho, não faz? agora amasse essa folha. amasse bem. e faça a mesma coisa. o que acontece? a folha não faz mais barulho. comparo essa folha já amassada com um coração. antes, batia, acelerava ao ver alguem. agora, nada de bom o dispara. notícias ruins chegam, e ele dispara. mas nada é como antes. e não dá pra voltar atrás. o velho não tem mais dentes nem cabelo, a fruta caiu da árvore, o sol foi embora e deu lugar a lua, e não se pode voltar atrás pra mudar isso. quando o gelo envolve de vez o coração, não tem mais volta. só a chegada de uma nova pessoa, que o faça mais uma vez, disparar, bater forte, pra esse gelo que o envolve seja quebrado. para que o gelo, ao invés do coração, seja quebrado.

"but you didnt knew that i was already broken, i told myself that it wouldnt be so bad, your pulled it away and took everything i had."
que o trem entre nos trilhos antes que venha a se colidir a outro. que a borboleta saia do casulo para que esqueça de que já foi uma lagarta um dia. cabe a cada um de nós zelar pela própria felicidade, para que o próximo esteja igualmente feliz. mas tambem cabe a nós que a verdade seja dita, porque ser feliz por causa de mentiras é como soltar pipa sem vento, como dançar sobre um chão cheio de sabão. é como querer que os grãos de areia estejam sempre no mesmo lugar, sendo que a cada segundo tudo muda. mas e se no fim tudo der certo? mas deu certo pra quem? alguem sempre sai machucado. alguem sempre tem que perder. para o médico sobreviver, precisam haver doentes. percebe-se então, que a felicidade não é um destino marcado, é na verdade, uma estrada longa, as vezes escura, silenciosa, estranha. mas se não souber passar pela parte escura, como chegar até a clara? se não souber passar pela silenciosa, como chegar até o som, a festa da linha de chegada? é claro que se a rosa não tivesse espinhos tudo seria muito mais fácil. ninguem machucaria as mãos, e o adorno da flor seria o mesmo. mas não é sempre do jeito que escolhemos. é sempre preciso aguentar os dois extremos que a vida te oferece.
"sonhos são gratuitos, transformá-los em realidade tem um preço."
tanta coisa pra escrever, tantas idéias dispersas na cabeça. mas todas desconexas, como se nenhuma se encaixasse, todos pensamentos aleatórios, como se não pertencessem a mesma mente. todos aqui dentro, um grita, o outro sussurra. enquanto um corre em direção a linha de chegada, outro luta para despertar logo na linha de largada. qualquer coisa que eu venha a postar aqui, agora, vai parecer sem sentido. então eu paro por aqui mesmo.

"todo sopro que apaga uma chama, reacende o que for pra ficar."
"mudanças fazem bem", esse é o lado positivo, mas o lado realista é que nem sempre toda mudança é boa. por mais que essa mudança seja na verdade, um retrocesso, porque a mudança não é nova, é uma volta ao passado, um passado que te fazia falta, mas que agora, é indiferente. as vezes é muito melhor ter só as lembranças na memória, e as saudades, do que tentar voltar no tempo e arrumar as coisas que ficaram erradas. afinal, se você tenta apagar uma palavra escrita em lápis com uma borracha suja, é óbvio que a folha vai ficar manchada, e pior do que estava antes. um erro atrás do outro, e ao invés de aprender com o próprio erro, continua piorando o erro, cada dia pior, como uma musica chata e deprimente, com o botão do repeat selecionado. vai acontecendo de novo, de novo, de novo, de novo, de novo, de novo, e de novo ... até que algo sai errado. uma hora ou outra a bomba explode no vidro, e este se estilhaça pra todos os lados, e o mais próximo sai sempre com um corte profundo. valeria a pena se magoar para a proteção de uma outra pessoa que se quer bem? a primeira resposta já é "com certeza, mato e morro por uma pessoa que gosto.", mas isso não passa de uma frase feita, como aquele "eu te amo" pré-fabricado que você as vezes escuta de uma pessoa que acabou de conhecer. mas repensar no caso dessa pessoa, seria uma ótima saída. pensar, pensar de novo e repensar, e no fim, continuar sem saber o que fazer. é assim que as pessoas são, e eu, particularmente, me sinto mais humana do que nunca, nesse momento.
"look in at the mirror, and keep on shinning."
"a vida é uma jornada interessante, você nunca sabe aonde ela vai te levar. montes e vales, viradas e reviravoltas, você pode ser surpreendido pela vida. ás vezes, no meio do seu caminho, você pode pensar: "essa é a pior fase da minha vida", mas quer saber? no fim da estrada, com toda a adversidade, você consegue ser o que queria, você lembra que o que não te mata, te fortalece. e agora essa adversidade vai piorar. no caminho até o topo, você fará de tudo, mas como reconsquistar sua vida quando você chegar lá? esse é o meu dilema. o que você deve fazer, é ser agradecido pela vida que tem, pare de olhar o que você não tem, e comece a agradecer pelo que você tem."

o sábio T.I, em "Live your life".
tanta coisa nesse mundo tem a força de te magoar, tanto coisa te faz sentir que você é como um objeto de porcelana, que a qualquer momento vai se partir em pedaços, pra depois nunca mais voltar a ser o mesmo. cada situação delicada que você tem que passar, te transformam em uma pessoa melhor, ou até mesmo pior. comecei a entender só agora, que tudo o que acontece na sua vida, é exatamente o que vai moldar o seu caráter, a sua índole, e cada atitude sua, estará diretamente ligada comtudo o que você passou, e que lição você tirou disso. por mais dificil que seja você recusar certas coisas, você pode ter certeza de como você será ou estará daqui a alguns anos. mas não adianta viver pensando no futuro, tudo acontece muito rapidamente, e se você só viver o seu futuro, o seu presente vai passar e você não vai ter percebido. as dificuldades que a vida te proporciona, vão te ajudar qualquer dia. se você enfrentar e vencer, voce poderá enfrentar outros obstáculos, maiores ou menores do que esse. mas se você desistir antes de tentar, e se deixar abater, de nada valerá a sua vida, porque quem não luta, não tem nenhuma história pra contar. no fim de tudo, vai dizer o que? "esperei minha vida toda por uma oportunidade melhor, como ela não chegou, eu continuo esperando". faça você mesmo as suas oportunidades, não importa a sua situação, a sua classe social. apenas levante a cabeça, mostre do que é capaz, confie em si mesmo, só isso, já bastará.

se você não acreditar em si mesmo, quem mais acreditará?
difícil descrever cada sentimento que te divide, cada coisa que te machuca, tudo o que te faz lembrar do passado, e que te desfaz pouco a pouco, mas mesmo assim, você ter ciência de que foi isso que te tornou exatamente o que você é hoje. todos os dias, quando levantar, agradeça a Deus, por mais um dia de vida, e principalmente, por todas as dificuldades, porque eu cada uma delas você aprendeu uma nova lição, sem elas, você seria uma pessoa frágil, não saberia lidar com seus problemas, consigo mesmo, ou com qualquer coisa que a vida pode te oferecer. chega uma fase na sua vida, que você percebe: tudo o que no futuro fará mal a você, é, agora, lindo, parece que te fará bem, e o principal: vem direto até a sua mão. mas o que te fará uma pessoa melhor, são os vales, as dificuldades, as lágrimas, as noites sem dormir, tudo o que dói, e fere, é o que vai te fazer uma pessoa digna, boa, e principalmente: verdadeira. o seu caráter é provado, testado, e comprovado, nos momentos mais difíceis, quando você se vê sozinho, e tem que tomar decisões por si mesmo.
the good way, or the bad way .. make your choice!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

infeliinfelizmente o meu blog foi hackeado, junto com o meu orkut e o meu msn. mas paciência, talvez me faça bem mudar tudo. mesmo esse blog sendo novo, vou postar aqui todas os posts do antigo blog. não quero perder coisas que eu escrevi. por enquanto é só. :*