domingo, 30 de outubro de 2011

nós nos conhecemos quando éramos pequenos.. lembra dos nossos apelidos ridículos? eu costumava correr atrás de você e te estapear sempre que você me chamava daquele jeito, e você adorava. até que eu comecei a crescer, e você continuou a mesma criança de sempre. você se assustou quando eu não saí correndo atrás de você, só te dei um beijo no rosto, e disse que você era bobo. era isso. a menina estava se tornando mulher, estava trocando os tapas por começar o jogo de sedução que toda mulher tem em si. e o amor, como sentimento involuntário, resolveu dar sinal de vida dentro de você. e dentro de mim. mas agora eu tinha me descoberto mais mulher do que menina, mulher fatal. e eu estava ocupada demais me descobrindo, despertando sentimentos e desejos de gente grande em mim. e você continuava a se fazer presente, me vendo crescer, e aplaudindo silenciosamente. até que um dia, eu descobri o quanto eu te queria. te vi crescer, pouco a pouco se tornar homem. e foi assim, nossa linda história, e fomos felizes para sempre. e o nosso para sempre durou pouco.. tão pouco! eu me perguntava como nós tínhamos ido parar ali, ali mesmo, tão longe dos nossos planos e sonhos. fiquei frustrada, e quis jogar tudo fora. eu já não te reconhecia. como um mentiroso, que mente sobre tudo, e quando fala a verdade, não se sabe se deve acreditar ou não. eu e minha intuição de mulher adulta resolvemos dar as mãos e seguir em frente, sem você. te larguei, te derrubei e não te ajudei a levantar. e esse foi o nosso fim. ou poderia ter sido. porque até hoje você se faz presente em mim. lembro dos seus gestos exagerados, sua risada, tudo tão menino.. e agora te vejo com a barba por fazer, pois é.. barba! não me conformo. tenho suas cartas aqui, e na verdade, custei para encontrá-las. eu as escondi tão bem, que quase as perdi dentro de mim. não sei se meu choro é de tristeza, de arrependimento, ou de raiva. raiva por ter me achado tão mulher, a ponto de não precisar mais de você. mas a gente segue em frente, maquiando a saudade. amor não, isso não existe da minha parte já fazem anos. mas a saudade, é inevitável, e estava aqui, latente, o tempo todo. e agora eu me sinto tão menina..
"how did we get here, when i used to know you so well?"

domingo, 23 de outubro de 2011

  Amor, segundo o dicionario é um sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. Ter a teoria não importa, o complicado mesmo, é colocar em prática, é viver. Porque quando o amor entra, ele não quer saber de circunstância, de distância, de idade.. Ele quer exalar por cada poro de seu corpo. Amor é delírio, é falta de juízo, briga boba, discussão por causa do tamanho do meu vestido. É.. amor tambem é censura! Censura a quantidade de bebida, seu linguajar chulo perto da família.. só não censura as loucuras que a pessoa apaixonada faz, não.. Pra quem ama, nada é loucura, tudo parece ser lúcido, por mais que qualquer um saiba que um apaixonado jamais poderá ser lúcido.. seria como um palhaço não fazer piada, seria uma contradição, algo sem sentido algum. Mas o amor não precisa fazer sentido.. É, o amor confunde. Amor é uma overdose de adrenalina, de insanidade, que percorre rapidamente por todo o corpo. E como é bom esse momento insano, esse momento em que você se torna super, e a pessoa que você ama é mais super ainda. Super Mulher, Super Homem, Super Apaixonados.. E mesmo quando acaba, o amor é teimoso, é insistente. Por mais que você coloque na sua cabeça que o amor acabou, que toda a loucura passou, ele continua ali, fervendo, te incomodando, quer te fazer sentir todas as sensações que um dia já fez. Ah! como você era feliz com aquele amor, não era? como você amava! Até que esse amor, assim como o café que você deixou em cima da mesa até que aquela pessoa voltasse, esfriou. Agora o amor está adormecido, latente, guardado. Até que um dia, você percebe que o amor ainda não tinha se mostrado a você, e mesmo você já tendo amado mil vezes antes, percebe que o amor tem mil e uma faces. Agora junto com a loucura, tem as mãos suando, o coração disparado, a boca seca.. e você sente como se nunca tivesse amado antes. Eu não acredito que ninguem é a pessoa certa pra ninguem, mas um dia você encontra alguem, que te faz ver que o amor não pode ser escrito, nem explicado, e nem recebe adjetivos. Amor, é amor. Nenhuma outra palavra pode descrevê-lo. Paixão, calor, afeto.. Nada disso é amor. Amor não é saber amar, e nem tentar aprender tambem.. amor é amar, e apenas isso.
"descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais." 

domingo, 16 de outubro de 2011

hoje te vejo superficialmente cheia de vida, me provocando e dando aquela gargalhada alta que faz metade do shopping nos olhar, e me lembro de tudo o que aconteceu. será que eu poderia ter feito algo diferente? teria feito qualquer coisa pra te ajudar, passaria noites em claro te consolando se soubesse o que estava acontecendo, ficaria do seu lado se entendesse a situação. te vejo sorrindo, e mesmo assim te conheço, e sei que a frieza tomou conta de boa parte de você. me sinto mal por ver essa sua máscara cair diante dos meus olhos tão facilmente. talvez fosse mais fácil se, pra mim, você parecesse genuinamente feliz. lembro de tudo o que passamos, e vejo que não poderia ser diferente. não digo que a vida lhe foi cruel, porque viver já é um presente, mas lhe foi amarga, e te deixou indiferente. te vejo em situações frustrantes, e você parece não mais se importar, te vejo fria, e eu quero, algum dia, voltar a ver doçura em seus olhos. quero ouvir um estrilo seu se for preciso, se isso te sarar, quero ouvir seu choro, se isso te libertar. faria qualquer coisa pra ver esse amargo desaparecer dos seus olhos azuis. faria de tudo pra te ver vivendo sua vida, do jeito que ela te permitir, mas com um sorriso que expresse toda a felicidade que você sentir por dentro. te amo, te quero bem, te quero em paz.
"i lost a friend, somewhere along in the bitterness.."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ela agia como se não ligasse, afinal, era a unica maneira de deixar de ser vulnerável como já havia sido, e acabou por tornar-se fria. despertava sentimentos com a intenção unica de depois partir, e deixar sua mais recente vítima para trás. não ligava, não sentia remorso algum, a vida a tornara assim. lágrimas não a comoviam, e nem palavras de amor e afeto. e ela vivia assim.. (achando que era) feliz, até que o jogo lhe trazia cartas inéditas, pelas qual ela não esperava e nem estava preparada. a vida a surpreendeu de novo. quem ela menos esperava, despertou seu ciume, e ela precisava tê-lo de uma forma desesperadamente apaixonada e ardente. ela jogou a isca, ele fisgou. sem que ela percebesse, a isca acabou por ser ela mesma, e quando se deu conta, já não havia mais escapatória. mas, dessa vez era diferente: ela não queria escapar. a vida lhe trazia outra surpresa, e ela tambem não estava preparada. mas ela a aceitou, de peito aberto, como um presente, que com seus lábios carnudos, sua voz grossa e seu cabelo preto e liso, apareceu na hora certa, e mudou toda a vida dela..
"parecia inofensivo.."

terça-feira, 26 de julho de 2011

vai, passe mais corretivo nessas olheiras, ninguem precisa saber que voce tem passado noites sem dormir, os seus problemas não me importam. continue com esse sorriso, ainda que falso. mantenha as aparências, não quero saber se seu marido te trai, nada mais feio do que uma família destruída. não que alguem vá se preocupar com isso, cada um tem seus próprios problemas, os seus não são importantes. você não é importante. diga que sente falta daquela pessoa insuportável, mas influente. o pé vai doer nesse salto 15, mas não é por isso que você vai tirá-lo. seu cabelo encaracolado e seu quadril largo não se encaixam nos estereótipos, mude. unhas longas não estão mais na moda, dê um jeito nisso. seus gostos não funcionam, não adianta, precisa mudar. você está sendo programada para seguir ordens e tendências, e nem por isso irá reclamar. você agora pertence a classe dos dominados, e a sua única função é obedecer. aos poucos você se tornará mais fria, não se importará mais em pisar em pessoas para chegar aonde quer, mas depois você se acostuma. caso você se oponha, será taxado de cafona, de estranho, e as pessoas não vão te aceitar. robôs são caros demais, transformar pessoas em um é muito mais simples. não pergunte. não exponha sua opinião, ela não importa. e quem paga por isso tudo? você mesma. talvez isso traga efeitos colaterias, e o problema? é todo seu.
"smile, like you mean it"

segunda-feira, 28 de março de 2011

como de praxe

     se quiser ir embora, vá. faça uma mala pequena, você não passará muito tempo distante. você precisa do seu espaço, seu tempo. coloque sua cabeça no lugar. sei que em qualquer canto do mundo eu me farei presente em você. mesmo que você quisesse me esquecer, não conseguiria.
   te dou essa liberdade, pode ir. eu sei que você não irá demorar a voltar. te conheço bem demais, e depois de conhecer você - pessoa, carne, ossos, defeitos, virtudes -, conheço esse sentimento, esse laço que nos une. não precisa me avisar no dia em que resolver voltar, eu já saberei a hora exata da sua chegada antes mesmo de você decidí-la. estarei te esperando, com o cabelo cacheado, e aquele vestido branco que você gosta.
   você chegará, jogará a bolsa no chão, tirará os sapatos e os deixará largados em qualquer lugar, como você sempre fez.
   sei que você voltou não porque precisa de mim, mas porque você me quer por perto, quer me ver sorrir quando você disser que quando tivermos nossos filhos nós os ensinaremos a voar ..
   como se nada tivesse acontecido, você está aqui comigo hoje.
   tem gente que não entende nossa relação, e tem os outros, que desistiram de tentar entender.
"e a nossa história vai continuar assim .."

terça-feira, 22 de março de 2011

conto carneiros pra dormir, conto sonhos, conto histórias, mentiras, dores, amores. conto episódios que já passei, que pretendo passar, que passaram, que passou, passado. conto meias-verdades, mas nunca meias palavras. conto dias, meses, anos, cada minuto. conto momentos de doçura, de loucura, de bravura, uma aventura. uma vida. conto um, dois, três, quatro, cinco, seis ..
"you never leave a trace or show your face, you get gone .."

sexta-feira, 11 de março de 2011

mais com mais, dá menos

sou uma mulher, uma menina .. sou o que preciso, no momento em que preciso. posso sussurrar no seu ouvido ou gritar com você. te estapear ou te abraçar forte. sei diferenciar o momento em que devo sentar de pernas cruzadas e falar serenamente, do momento em que posso rir alto e me despojar de toda a formalidade. posso ser o que você quiser que eu seja, mas mesmo assim, sendo a mesma pessoa de sempre. meus princípios, meus valores, nada muda. o que muda é a fachada, o letreiro na entrada. sei o que você quer, o que você precisa, e o faria por você. mas você parece não fazer o mesmo. não consegue ler nas entrelinhas, não sabe ver o que meus olhos dizem. psicologia nunca foi seu forte, numeros sempre foram. e você ficou assim, calculista. calculando sempre a conta errada. invertendo os sinais, chegando ao resultado errado. não me peça para corrigí-los, te darei um zero sem pestanejar. seus erros são desnecessários, e suas palavras estão se tornando repetidas, e você está me atrasando. dando volta em círculos, nós estamos. agindo exatamente como não deveria, você está. sem saber o que fazer, eu estou.
"você é tão articulado, quando fala não pede atenção .."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quando pequena, marina tinha medo de monstro, bicho papão. mantinha a luz do abajur acesa durante a noite, cobria os pés e o pescoço. antes de se deitar, olhava embaixo da cama, para confirmar que nada viria puxar seu pé durante a madrugada. checava todas as portas do guarda-roupas, porque nunca se sabe quando um monstro pode atacar. marina cresceu. seu medo havia ido embora junto com três ex-namorados. seu medo agora era outro. suas escolhas, decisões, opções. ela sempre fora segura, confiante, nunca nada antes a havia afetado. não como essa situação. o amor existe? é claro que existe, marina! mas a dúvida real, era se ele existia dentro dela. se o amor que move montanhas era real. será que o amor faz mesmo o mundo girar? foi em meio a todos esses questionamentos, que eduardo apareceu. um anjo, sem asas. apareceu na hora certa, no momento certo, no lugar certo. marina não acreditava em amor a primeira vista, eduardo mudou sua perspectiva. marina tambem não acreditava em finais felizes, mas quem sabe eduardo a surpreenda de novo.
"and every time i look at you is like the first time .."
é comum brigar com amigos, as pessoas magoam umas as outras sem querer. mas quando você tem uma relação íntima -e não intíma apenas em referencia a sexo, masde compartilhar tudo o que é seu-, tudo vem em dobro, tanto os prazeres quanto as dores. é inevitável se machucar um dia ou outro. todos são muito diferentes, o que pra um é oito, pra outro é oitenta. é a lei do ser humano se frustrar, se entristecer, chorar, e sofrer. assim como é inevitável se magoar, tambem é inevitável se apaixonar. é. pra quem tem medo de mergulhar de cabeça, que vá com calma. molhe primeiro a ponta do pé. sente na beirada, molhe as pernas. pouco tempo depois, você já estará inteira. vai sentir frio no começo, talvez bata os dentes. mas o primeiro passo foi dado, e no momento, é só isso que importa. depois de alguem tempo, vai estar acostumado com as circunstancias. vai entender que em uma piscina rasa, não se deve mergulhar de pé. assim como quem não sabe nadar não deve mergulhar em uma muito funda. depois de já habituado, não vai querer sair. nunca mais.
"no regrets, just love .." 

2008 - "No ano que vem ..."

      me aplicar mais nos estudos, escolher minha carreira, decidir qual faculdade fazer.
    trilhar melhor os meus caminhos, com pessoas melhores. decidir, escolher melhor, cada pessoa com quem eu passo meu tempo.
    realizar coisas que qualquer lúcido acharia impossível, por que não? talvez voar, fazer com que um incrédulo passe a ter fé, encontrar a esperança no sorriso de alguem, estar mais presente na vida da minha família, não me arrepender de coisas realizadas, nem de palavras não pronunciadas.
    mostrar pro mundo todo que o amor não tem idade, que nunca se é velho ou novo demais para coisas positivas.
    aprender a sambar, fazer com que meu pai -que não tem vocação nenhuma pra dança- aprenda a dançar salsa, e levar minha mãe careta em um show.
    reinventar a personalidade, o estilo, e por que não o cabelo? reavivar amizades antigas, conseguir agradar a gregos e a troianos, dar mais valor as coisas simples e as pessoas que me querem bem.
    ser um anjo na vida de cada um que me protege, ter cada dia mais fé.
    reconhecer meus defeitos .. menos maquiagem, menos cabelo, menos roupa, menos preocupação.
    ter um amor que não dependa de mim, mas que queria sempre me ter por perto. me apaixonar, namorar ..
    ser uma pessoa melhor (ou então, PIOR!), adaptada a cada nova situação.
    ah, essa vida .. ano que vem, o que será que pode acontecer? estou disposta a tudo, e vindo de mim, não desconfio de mais nada.
    ter mais defeitos, pra aumetar as possibilidades de melhorar. talvez menos maturidade, ser como eu quiser ser.
    LIVRE, verdadeiramente livre!

engraçado como as coisas mudam, as prioridades, os sonhos ..

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

cortam mais do que uma faca afiada recentemente. machucam mais do que socos diretamente em um ponto fraco. magoam mais do que mentiras. trazem consigo dor, ressentimento. re-sentimento? é. trazem sentimentos antigos de volta. indiferença. frieza. isso não se fazia necessário agora. nem agora, nem em outro momento tambem. desnecessário. totalmente. quem quer drama na vida, vira atriz, e quem quer fazer show, vira artista. não via graça, não dava risada. mas ficava brava. se irritava. com motivos de sobra. paciencia já não havia mais. já não havia mais necessidade de ouvir tudo aquilo em silêncio. todas as farpas cortantes, entrando em seus ouvidos em forma de palavras. pareciam ferir o corpo todo. perfurando, doendo, machucando, incomodando. deixando cicatrizes. dóem ao perfurar, dóem mais ao serem cutucadas para serem removidas. não havia escudo contra isso. nenhuma proteção, nenhuma barreira. todas elas já haviam caído por terra. já haviam sido derrubadas pela mesma pessoa que agora lhe causava dor. já nem sabia identificar ao certo se continuavam a ser farpas que a perfuravam. objetos pontiagudos, confusos, bagunçados, desconhecidos, surpreendentes.
"convivência áspera e amarga, o encosto além do prudente, no úmido e frágil caminho .."

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

prometi que não ia mais me apaixonar. prometi que não ia mais deixar ninguem entrar no meu coração e depois fazer estrago. jurei não dar mais oportunidades ao destino, e nem a você, e nem a ninguem mais. for a while. depois de muito custo me distanciei do meu passado, porque queria ter um tempo pra respirar. foi quando você chegou. foi quando você derrubou todos os muros que eu havia construído pra mim mesma. foi quando você resolveu mostrar quem você realmente é. não quebrei minhas promessas, afinal, não esperava isso de você. surpresas não estavam inclusas no contrato. contrariando tudo o que já havia dito a todos e a mim mesma, resolvi me arriscar, resolvi me jogar do precipício, com você me esperando lá em baixo. pulei já sem esperanças, com a plena certeza de que ia me estatelar mais uma vez. mas eu me enganei. caí em plumas suaves, as mesmas plumas que me envolvem até hoje, e nunca me senti tão bem. até hoje me sinto assim. até hoje você me surpreende. seu carinho me surpreende, sua voz, seu toque. é sempre algo diferente. imprevisível, apaixonado. nunca acreditei que tal pessoa foi feita pra tal pessoa. nunca acreditei em metades da laranja. nunca havia acreditado em nós. de repente, toda a minha perspectiva mudou. tambem nunca acreditei em "viveram felizes para sempre", mas talvez você me surpreenda mais uma vez.
"your love is too good to be thue .."

"love of my life" or "love, off my life?"

não entendo se começamos errado e terminaremos errado tambem, ou se começamos certos e terminaremos errados. talvez isso esteja errado. talvez não seja no plural, talvez eu seja a errada. talvez eu tenha começado errado. eu. hoje, como se tivesse caído da cama, acordei, duvidando de tudo, questionando. passei a sentir como se enganasse alguem. ou alguns. ou mais. ou eu já nem sei mais. minhas mentiras passaram a ser convincentes demais, até mesmo pra mim. me peguei pensando na merda que tenho feito, enganando a mim mesma, e juntamente, enganando outros. engraçada a maneira como o ser humano tem tendencias a fazer escolhas dolorosas, e se arrepender depois. e quando faz uma escolha certa, que lhe conforta e lhe faz bem, não consegue se adaptar. até o the end dessa história (ou estória, já não consigo decifrar), eu jogo a sujeira pra baixo do tapete, e escondo as roupas sujas que -ainda- não consegui lavar. talvez tenha começado errado, mas termine certo .. who knows?
"that's allright because i like the way it hurts .."
eu não tenho culpa de nada que aconteceu. quando eu cheguei, a confusão já estava feita. não foram as minhas palavras que te causaram dor. eu jamais traí sua confiança. fui crescendo, e juntamente com o meu físico, cresceu esse vazio aqui dentro. esse vazio que devia ser preenchido de culpa, jamais será preenchido. não me sinto culpada, não me sinto a causadora dessa dor. desculpe, não posso assumir esse fardo, ele não me pertence. por mais que eu tente aliviar esses peso de suas costas, apenas para te fazer sentir melhor, eu não consigo, por saber que eu não tenho parcela alguma de culpa. já não quero mais te abraçar enquanto você chora, você já não quer que meus braços te envolvam em um momento como esse. "me deixe sozinha, eu quero ficar em paz". não vou insistir. fique bem. fique sozinha. fique do jeito que for melhor pra você.
"i can't win your loosing fight all the time .."