domingo, 21 de novembro de 2010

como poderia eu, mero mortal, não ceder a você, e a tudo o que você me apresenta? antes, tinha um tipo de mulher feita, o tipo de mulher que eu queria pra mim, já tinha tudo exatamente planejado, imaginado. suas manias, seus jeitos, seu físico. tudo já havia sido perfeitamente calculado. mas você apareceu, pra atrapalhar tudo, trazer confusão, e ao mesmo tempo, conforto. menina, quase uma moleca. e como não me apaixonar por esse seu jeito? o jeito como você faz bico espontaneamente quando fica brava, o jeito como você morde seu lábio sem nem perceber. sua risada escandalosa, suas roupas tambem um escandalo. quase impossível não querer ser refém de alguem assim. alguem como você. é .. eu já tinha tudo perfeitamente planejado, tudo traçado por linhas retas. mas parece que o amor se escreve em linhas tortas. adoro o jeito que você me mostra a língua só pra provocar, seu jeito delicado de falar um palavrão quando está brava. não tive saída, se não ceder a esse sentimento. amo quando você me nega um desejo, o seu jeito, enlouquece. mas amo ainda mais quando você aceita realizá-lo. obrigada, por me fazer enxergar que nem tudo o que queremos no momento, é o que iremos querem pro resto das nossas vidas. obrigada, por estar aqui.
"i never knew i had a dream, until that dream was you."

sábado, 6 de novembro de 2010

talvez um dia você passe a odiar alguem da mesma maneira que eu comecei a te odiar. se tornou um sentimento ruim e incontrolável dentro de mim. como agir, a partir do momento em que você se vê preso a alguem, sem aviso prévio de alforria? eu passei a odiar tudo o que você faz pra mim. odeio a maneira de sempre me fazer rir enquanto eu estou brava, o jeito que você abraça mesmo eu fazendo bico e dizendo que não quero. odeio o jeito como você conhece cada uma das minhas manias, e as respeita. odeio que você conheça todas as minhas manhas, e adora quando eu as faço. e eu, conheço cada um dos timbres da sua voz. desde quando você vai falar que me ama, até quando vai dizer que a minha saia está muito curta pra sair. eu queria muito mesmo conseguir te deixar bravo por dois minutos, mas seu sorriso sempre aparece, e estraga os meus planos. e odeio muito mais, a forma como eu simplesmente não consigo te odiar. mesmo ambos sabendo tudo um sobre o outro, ainda fica aquele clima de suspense. e eu odeio isso. o que se pode esperar de um filme sem saber qual o gênero dele, ou ler a sinopse? esse nosso filme .. espero que seja o maior longa metragem já feito antes. e que não venha com um gênero só. que venha recheado de surpresas. assim como aquele bolo que eu te fiz, que tinha uma cara ótima, mas gosto de terra. mas até nós dois entendermos todo esse sentimento, vamos assistir ao trailer, bem juntinhos .. até que a lua se torne sol, até que todo o nosso ódio se transforme em amor.
"eu amo você, mas não sei o que isso quer dizer .."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

tomava cinco comprimidos diários, todos para curar doenças que sua prórpia mente inventara. a realidade agora, passava a ser mais amarga como nunca fora antes, de todas as maneiras que poderia ser. parecia não haver luz no fim do tunel. parecia que o tunel não tinha fim. havia deixado de crer em coisas que acreditou por tanto tempo. havia perdido a fé em si mesma. havia perdido a fé. todos costumavam elogiar a maneira que ela sempre demonstrou ser. parecia que nada a abatia, nada a machucava. ouvia constantemente um "eu queria ser como você, assim, sempre de bem com a vida", mas agora já não era bem assim. já fazia um certo tempo que ninguem mais via isso. pobre coitada. ninguem sabia o que acontecia enquanto ela estava no canto de um comodo qualquer em sua casa, sozinha. parecia que ninguem enxergava. quem enxergava parecia não se importar. saiu de sua casa desenganada com seu futuro. chegou a calçada com um shorts jeans surrado, um moletom qualquer, e um all star branco e encardido. fazia frio. por mais que já fosse de tarde, o sol ainda não havia aparecido. mantinha as duas mãos dentro dos bolsos, olhando pra baixo. saiu de casa sem rumo, sem se importar com que horas voltaria, ou com quem poderia encontrar. ela queria apenas sair do lugar que tanto a assombrava. seu cabelo loiro agora estava bagunçado por conta do vento, e ela não se importava com isso tambem. sua franja desarrumada insistia em cobrir um de seus olhos. teve um fio de esperança repentino, surgindo junto com o sol, que agora a iluminava. parou, mesmo com várias pessoas esbarrando nela e pronunciando xingamentos. levantou seu rosto para o céu. o sol agora mostrava a cor de seus olhos. pareciam um castanho comum, mas na luz revelavam sua cor de mel. e aquele mel oculto em seu interior, revelava tamanha doçura, que ninguem mais conseguia despertar.
"watch my face, as i pretend to feel no pain.."